Pensamento feminino no direito cooperativo é tema de livro

Marianna Ferraz Teixeira

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Para fomentar o debate sobre questões de gênero no âmbito das cooperativas, o Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (Ibecoop), a OAB-RJ e o Sistema OCB-RJ realizaram no Rio de Janeiro, dia 9 de maio, o seminário “Cooperativismo – Democracia Econômica e de Gênero”. O evento marcou o lançamento da obra “O Pensamento Feminino na Construção do Direito Cooperativo”, que conta com artigo elaborado pela coordenadora jurídica do Sescoop/SP, Roberta Luanda Ambrósio, entre as 20 mulheres que colaboraram na obra.De acordo com Roberta, o seminário realizado na capital fluminense foi ministrado por mulheres inspiradoras, advogadas, juízas e pesquisadoras engajadas no cooperativismo. Na programação, foram abordados temas como a importância da educação cooperativista na solução de conflitos entre a cooperativa e seus associados, a visão do judiciário quanto à intercooperação vertical e grupo econômico, bem como os desafios do cooperativismo na promoção de igualdade de gênero.“O evento nos proporcionou uma valiosa troca de experiências nas temáticas abordadas, indo ao encontro com o ‘O Pensamento Feminino na Construção do Direito Cooperativo’, obra lançada na ocasião, com a qual, a convite das organizadoras Marianna Ferraz Teixeira e Marília Ferraz Teixeira, pude contribuir. Foi uma honra e um grande presente ter participado desse projeto, organizado e construído por tantas mulheres ilustres, em nome do que acredito ser mais do que uma filosofia, doutrina, mas a própria essência da humanidade: o Cooperativismo”, avalia a coordenadora jurídica do Sescoop/SP.

Sobre o livro

A advogada Mariana Ferraz, uma das coordenadoras do projeto, conta que a ideia do livro surgiu de uma conversa informal no ambiente familiar. A partir daí, para desenvolvê-la, buscaram advogadas engajadas no cooperativismo, seja na assessoria jurídica interna, como na assessoria externa das cooperativas, assim como professoras e pesquisadoras do tema direito cooperativo. Além disso, tiveram o apoio da Editora Vincere, que editou a obra.“Apesar de o cooperativismo ser um tipo societário que preza pela inclusão das pessoas sem distinção e, em geral, possuir uma equidade entre seus membros, é notório que as mulheres têm maior dificuldade em alcançar postos de liderança dentro de suas instituições. Com o Direito não é diferente, pois hoje as mulheres representam a maioria das alunas matriculadas nos cursos de Direito, contudo a produção de pesquisa ainda é dominada pelos homens e isso se reflete no direito cooperativo”, explica.“A obra, assim, busca, com base nos princípios do cooperativismo e com as diretrizes da ONU, propiciar essa inclusão feminina na produção de estudos sobre temas afetos ao Direito Cooperativo e mostrar a sensibilidade feminina na percepção dos problemas observados pelas autoras, de forma a contribuir para o desenvolvimento e auxílio às cooperativas”, conclui a advogada.

O livro está disponível para compra no site da editora.

sobre o autor

Marianna Ferraz Teixeira

Mestre em em Gestão e Regime Jurídico-Empresarial da Economia Social pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto/Instituto Politécnico do Porto (ISCAP/IPP). MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Direito e Prática Processual nos Tribunais pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), mesma instituição de ensino em que se graduou em Direito.

Realizou cursos em Governance in Co-operatives pelo Canadian Centre for the Study of Co-operatives, em International Business Transactions pela Universidad Austral e em Tributação no Mercado Financeiro pela CNF e B3 Educação.

É membro do Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (IBECOOP), da Comunidade Internacional de Advogados Cooperativistas (IUS Cooperativum) e do Grupo de Estudos em Direito e Regulação Financeira da Universidade de Brasília (GEFIN/UnB).

Idiomas: português, espanhol, inglês e francês.

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